Era vazio. Um vazio criado a fraqueza de suas decisões.
Como se pudesse ser importante dentro da cabeça.
Só pela vontade de ser.
Mas é estranho sentir que sumiu e, dessa vez, não voltou.
O que poderia ser feito com aquela falta?
Quando estava lá, havia uma ocupação em tentar tirar dali.
Mas, uma vez que jamais voltaria, o que seria dessa ocupação?
Viveu por todo aquele tempo sem ter tudo o que fazer.
Exercia sua principal função de manter-se longe da cova.
Também de aprender o rumo do fluxo das coisas mais inúteis.
E devastaram-lhe as chances de ser o que quer que fosse ser.
Ser o ser que seria sua saída sinistra e sagaz, mas sangrenta e solitária.
Sabia que aquele mundo jamais seria o que imaginava.
E a ocupação inexistira sequencialmente.
Tudo o que tinha que fazer era evitar.
Só chorava quando lembrava que talvez o inverso doeria demais.
Não queria ouvir, ainda que fosse verdade.
Não ouviria que, então queria encerrar sua própria vida.
Queria fazer dizer que em sua jovem decisão...
decidira fazer acontecer.
Lindo e poético!
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